A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) promoveu, nesta sexta-feira (13/12), a Operação Agro Seguro, uma ação educativa voltada para sensibilizar turistas sobre as exigências sanitárias relacionadas à entrada de animais e produtos de origem animal e vegetal em Santa Catarina. O foco principal foi a prevenção da Peste Suína Africana (PSA), e da Gripe Aviária, também conhecida como Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), pragas vegetais, que representam riscos significativos para a produção agropecuária do Estado.
A ação foi realizada em locais estratégicos de grande fluxo turístico, como o terminal rodoviário Rita Maria e o Aeroporto Internacional Hercílio Luz, ambos em Florianópolis; no Aeroporto Serafim Enoss Bertaso, em Chapecó; na Praça Complexo Cultural, em Pomerode; no Posto Fixo de Fiscalização (PFF) de Ingresso em São Lourenço do Oeste; no Posto Fixo de Fiscalização (PFF), na BR-470, em Campos Novos; em praias no Sul de Santa Catarina; entre outros pontos do Estado. Profissionais da Cidasc distribuíram materiais informativos e prestarão orientações diretamente aos viajantes.
Doenças em foco
A Peste Suína Africana (PSA), erradicada no Brasil desde os anos 1980, voltou a preocupar as autoridades após o registro de casos na Ásia, Américas e na Europa. Altamente contagiosa entre suínos domésticos e selvagens, uma doença que não afeta a saúde humana, mas pode gerar perdas econômicas devastadoras, já que não há vacina ou tratamento disponível.
Já a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) é uma ameaça direta ao status sanitário do Brasil e à produção de aves de Santa Catarina, que é o segundo maior produtor e exportador do país, com mais de 132,3 milhões de frangos. A introdução desse agente pode comprometer não apenas a avicultura, mas também toda a cadeia produtiva e a segurança alimentar.
A preservação da saúde dos nossos rebanhos e lavouras é vital para o sustento de mais de 200 mil famílias catarinenses e para a economia do Estado. A exportação de proteína animal de SC responde por 60% da arrecadação do Estado, na balança comercial do comércio exterior.
“O comportamento seguro por parte dos turistas é necessário para prevenir a entrada de doenças que possam colocar em risco nossa agropecuária. Com a Operação Agro Seguro, a Cidasc reforça seu compromisso de proteção do patrimônio sanitário de Santa Catarina, por meio de práticas educativas sobre o comportamento correto de biosseguridade. Daí a importância de informar e sensibilizar os visitantes, incrementando a parceria entre turistas e moradores, na defesa da saúde animal, vegetal e da sustentabilidade do setor agropecuário”, destacou a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos.
Recomendações aos turistas
A Cidasc orienta os visitantes a adotarem os seguintes cuidados:
- Não transportar mudas e sementes: Produtos vegetais podem introduzir doenças;
- Guia de Trânsito Animal (GTA): É necessário para o transporte de animais, exceto cães e gatos;
- Selos de Inspeção Sanitária: Produtos de origem animal devem ter selos de inspeção sanitária válidos em todo o país, como o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), Serviço de Inspeção Estadual (SIE), Serviço de Inspeção Federal (SIF), ou Selo ARTE. Estes selos são certificados de identidade e qualidade, que asseguram a qualidade e saúde aos consumidores;
- Não transportar carnes com osso: Os ossos são locais de maior risco de contaminantes, especialmente para vírus, que ali se escondem e podem transportar doenças;
- Valorize os produtos locais: Santa Catarina é reconhecida pela produção de alimentos de alta qualidade e oferece excelentes opções gastronômicas. Prefira os produtos locais e contribua para a economia sustentável da região.
Arte: Ascom/Cidasc.
Arte: Ascom/Cidasc.
Arte: Ascom/Cidasc.
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