O horário de verão só voltará em 2024 se as chuvas ficarem abaixo do esperado e não houver outra alternativa. Essa foi a declaração dada nesta terça-feira pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A decisão final do governo será anunciada até a próxima semana, de acordo com o ministro.
O debate interno gira em torno de esperar o período chuvoso, que tem início no fim do ano, para avaliar como ficarão os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Se o horário de verão for implementado em 2024, o país poderá economizar cerca de 400 milhões de reais. Caso a implementação ocorra a partir de 2026, a economia pode chegar a 1,8 bilhão de reais por ano, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico.
A justificativa para essa economia está no melhor aproveitamento da energia solar, que é mais barata que a gerada nas usinas térmicas. O adiantamento dos relógios permitiria uma utilização mais eficiente dessa fonte de energia, aliviando os custos de geração.
Além da crise hídrica e do forte calor, que afetaram os níveis das hidrelétricas, setores da economia também pressionam pela volta do horário de verão. Segmentos como bares e restaurantes esperam um aumento no faturamento, pois a maior claridade ao final do dia incentiva as pessoas a prolongarem seu tempo fora de casa.
Por Rádio2 – Umberto Ferretti