O julgamento da mãe e do padrasto acusados de matar Isabelly de Freitas, de 3 anos, começou na manhã desta terça-feira, 3 de dezembro, no Fórum da Comarca de Indaial. O crime, ocorrido em março deste ano, chocou Santa Catarina pela sua brutalidade.
Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), a menina morreu após ser violentamente agredida pelos acusados na residência onde moravam, no bairro Rio Morto. Segundo os laudos periciais, a causa da morte foi traumatismo cranioencefálico devido aos golpes, que teriam sido motivados por uma reação do casal ao comportamento da criança.
Ocultação do corpo
Após o crime, o corpo de Isabelly foi colocado em uma mala e enterrado em uma cova rasa, em uma área de mata fechada no bairro João Paulo II. No mesmo dia, a mãe e o padrasto registraram um boletim de ocorrência na Polícia Militar, relatando o suposto desaparecimento da menina. A investigação policial identificou que a história não passava de uma tentativa de encobrir o homicídio.
Acusações e qualificadoras
Os acusados respondem por homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, além de agravantes relacionados à idade da criança e ao parentesco. Também foram denunciados por ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.
O júri
O julgamento teve início por volta das 8h e conta com o depoimento de 10 testemunhas, sendo cinco arroladas pelo MP-SC, que também foram indicadas pela defesa do padrasto, e outras cinco pela defesa da mãe.
A mãe é representada pelos advogados Edileia Buzzi e Werner Neuert, enquanto o padrasto é defendido por Everton Luis Joaquim. A sentença será definida pelo júri popular, cuja duração pode se estender até o final do dia.