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Foto: Andre Borges/Agência Brasil

Quase 30 mil vítimas de acidentes de trânsito foram atendidas pelo SUS em SC

Entre 2019 e 2023, os hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina atenderam 29.308 vítimas de acidentes de trânsito, segundo dados obtidos pelo R7 por meio da Lei de Acesso à Informação junto ao Ministério da Saúde. No mesmo período, o Rio Grande do Sul registrou 16.359 atendimentos, enquanto o Paraná contabilizou 43.917. No cenário nacional, São Paulo liderou com 177 mil vítimas.

No Brasil, foram realizados 792.203 atendimentos emergenciais de vítimas de trânsito nos cinco anos analisados, representando uma média de 22 pessoas atendidas por hora. Esses atendimentos geraram um custo total de R$ 1,2 bilhão ao SUS, com aumento de 22,35% na demanda por leitos de UTI.

Acidentes de trânsito: questão global e local

Desde 2004, as Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificam os acidentes de trânsito como um problema de saúde pública global. No Brasil, o Ministério da Saúde também reconhece a gravidade do tema, apontando a elevada demanda por internações, especialmente em unidades de terapia intensiva.

Segundo José Montal, diretor da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), as principais vítimas fatais são homens de 18 a 30 anos, com destaque para motociclistas. Ele atribui o alto índice de mortalidade à velocidade excessiva, um dos principais fatores de risco.

A relação entre velocidade e fatalidade

De acordo com a curva de Ashton, que relaciona a velocidade com a mortalidade em sinistros de trânsito, atropelamentos a 30 km/h apresentam alta taxa de sobrevivência, enquanto a 60 km/h a maioria das vítimas não sobrevive.

Para o secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, mudanças estruturais e comportamentais são essenciais para a redução de acidentes. Campanhas educativas, como a promovida pelo Ministério dos Transportes com o tema “Desacelere. Seu bem maior é a vida”, buscam conscientizar motoristas e gestores.

Plano Nacional de Redução de Mortes no Trânsito

O Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), vigente entre 2019 e 2030, estabelece metas para reduzir pela metade o número de mortes no trânsito no Brasil. Segundo Catão, a iniciativa alinha-se à Década de Ação pela Segurança no Trânsito da ONU.

O secretário também destacou a importância de adequar a infraestrutura urbana, priorizando pedestres e ciclistas. “Cidades precisam considerar fatores como calçadas, ciclovias e limites de velocidade compatíveis com a segurança da população”, pontuou. Ele reforçou que a moderação da velocidade é um componente-chave para reduzir acidentes.

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