O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital DF Star, em Brasília, após ser submetido a uma cirurgia de grande porte com duração de 12 horas no domingo (13). O procedimento foi realizado para tratar uma obstrução intestinal e reconstruir a parede abdominal.
De acordo com boletim médico divulgado pela equipe liderada pelo cirurgião Cláudio Birolini, a cirurgia ocorreu “sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue”. A nota ainda informa que Bolsonaro está “estável clinicamente, sem dor, recebendo medidas de suporte clínico, nutricional e prevenção de infecções”.
A obstrução intestinal, segundo os médicos, foi causada por aderências no intestino delgado que dificultavam o trânsito intestinal. Essas complicações estão relacionadas a consequências da facada sofrida por Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018, segundo informações do Partido Liberal (PL).
O ex-presidente sentiu fortes dores abdominais na manhã da última sexta-feira (11), durante agenda no Rio Grande do Norte. Ele participava da divulgação do projeto Rota 22, quando precisou ser encaminhado ao Hospital Municipal Aluízio Bezerra, em Santa Cruz. Posteriormente, foi transferido para Natal e, no sábado (12), levado para Brasília.
A cirurgia realizada foi uma laparotomia exploradora, procedimento em que o abdômen é aberto para avaliação e tratamento de órgãos internos. Esta foi a sexta cirurgia de Bolsonaro relacionada à facada de 2018 e, segundo os médicos, a mais longa até o momento.
Uma coletiva de imprensa com a equipe médica está marcada para esta segunda-feira (14), às 9h, no hospital DF Star, para fornecer mais detalhes sobre o quadro clínico e o processo de recuperação do ex-presidente.
Pelas redes sociais, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro agradeceu à equipe médica: “Minha eterna gratidão a essa equipe médica extraordinária que, com precisão, competência e humanidade, conduziu as 12 horas de cirurgia do nosso capitão. O cuidado de vocês fez toda diferença”.
