A Polícia Civil, por meio da DPCAMI e DH/DIC de Blumenau, confirmou que Anderson, pai de Bianca, vinha planejando desaparecer com a filha há cerca de três meses. As investigações apontam que a motivação estaria ligada à perda da guarda da criança e a uma suspeita de abuso por parte do avô materno, conforme relatos de amigos e familiares. Pessoas próximas relataram que, apesar das ameaças feitas por Anderson, não acreditavam que ele levaria o plano adiante.
O inquérito policial apurou também que Anderson se desfez de bens de maior valor, como carro e instrumentos musicais, e contratou um empréstimo bancário, acumulando cerca de R$ 60 mil. Todo o montante foi sacado de suas contas antes do desaparecimento.
No dia em que foi visto pela última vez, Anderson desembarcou na região do Morro do Baú, em Ilhota, levando malas e instrumentos musicais. Ele informou ao motorista que um amigo o buscaria para seguir até Blumenau e, posteriormente, viajar com colegas de trabalho para Piratuba durante o feriado de carnaval. Entretanto, seus colegas negaram ter conhecimento de qualquer viagem programada.
Ainda segundo as investigações, Anderson teria praticado alienação parental, influenciando a filha contra a família materna. Essa conduta foi um dos fatores que levaram à perda da guarda da criança.
O Delegado de Polícia responsável pelo caso solicitou a prisão temporária de Anderson, pelos crimes de sequestro, cárcere privado e desobediência. A medida foi acatada pelo Poder Judiciário, com parecer favorável do Ministério Público, e a prisão foi decretada por 30 dias.
As autoridades suspeitam que Anderson esteja recebendo ajuda para se manter foragido, uma vez que não há informações sobre seu paradeiro desde o dia 1º de março, com a fuga comunicada oficialmente no dia 6. A Polícia Civil reforça que qualquer pessoa que auxiliar Anderson poderá ser responsabilizada pelos mesmos crimes.
A população pode colaborar com informações através do disque-denúncia 181. O anonimato é garantido.