Quando vivia na pequena Santa Rita do Sapucaí, no interior de Minas Gerais, Cezar Augusto dos Santos era apenas mais uma criança fissurada por dinossauros. Colecionava brinquedos, álbuns de figurinhas e cards sempre com a temática da Pré-História, interesse que ele levava para todo lugar.
Mas, na adolescência, a família precisou mudar-se para o estado vizinho de São Paulo, e Cezar teve de se despedir dos amigos mineiros e da coleção. Foi quando decidiu doar os dinossauros de brinquedo, um para cada amiguinho. Ele não tinha como saber, mas o adeus aos dinos era, na verdade, um até breve.
Aos 38 anos, Cezar é hoje biólogo especialista em Paleontologia. Dedica-se a encantar crianças em ações pedagógicas de educação ambiental e científica no Parque de Experiências Vila Encantada, em Pomerode (SC). Ele tornou-se personagem de si mesmo.
— No fundo, isso já estava em mim. Fui a criança que colecionou dinossauros, que juntava os cards de dinossauros que vinham em chocolates. Mas durante um bom tempo ficou guardado — lembra.
Formado biólogo, Cezar atuou primeiro na área da saúde pública, em um Centro de Zoonoses, e depois integrou equipes em jardins zoológicos do interior de São Paulo e Santa Catarina. Em todas as atividades, porém, manteve contato com a educação ambiental. Por isso cursou uma especialização na área.
Até que surgiu o convite para integrar a equipe da Vila Encantada, em Pomerode (SC), um parque em que crianças e adultos brincam tendo os dinossauros como tema principal. Cezar ajudou a estruturar um projeto pedagógico no parque, fundamentar atividades com objetivos de desenvolvimento e criar processos de atendimento a escolas baseados na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Hoje, ele é um paleontólogo dedicado a encantar as crianças para a ciência. Para isso, lança mão da Ludopedagogia, que traz o brincar como uma ferramenta da educação.
— O mundo dos dinossauros tem um lado fantástico, mas baseado no conhecimento científico. Os super-heróis e as fadas também são fantásticos, mas não têm conexão com a realidade. E isso é muito importante, porque a criança vai se apropriando do tema, investigando e fortalecendo a própria auto-estima com as descobertas — analisa Cezar.
Depois de quatro anos no parque catarinense, Cezar obteve junto ao Conselho Regional de Biologia o título de especialista em Inventário, Manejo e Conservação do Patrimônio Fossilífero. Um reconhecimento ao trabalho de divulgação científica e educação para a ciência.
— Olhar a ciência pela perspectiva da criança é muito gratificante, a gente consegue acessar mais as pessoas, simplifica a linguagem e recebe um feedback muito instantâneo, de aprovação ou reprovação do conteúdo que você está passando — comenta Cezar.
Entre as atividades desenvolvidas no Parque de Experiências Vila Encantada para popularizar a Paleontologia estão a Oficina de Fósseis, em que as crianças produzem réplicas em gesso, a exploração às gigantescas réplicas em tamanho real de dinossauros, e a atividade Paleontólogo Encantado, com fósseis reais e a simulação de uma escavação na caixa de areia.
Parque Vila Encantada
Conhecido pelas gigantescas réplicas da Vila dos Dinossauros, o Parque de Experiências Vila Encantada convida pais e filhos a brincarem juntos, de pés descalços e em contato com a natureza, promovendo experiências educativas e divertidas. A temática jurássica serve como pano de fundo para as crianças desafiarem equilíbrio e coordenação em brincadeiras ao ar livre.
A área de lazer tem o maior circuito aéreo de aventuras do Brasil, oficinas, brincadeiras e muitas outras atrações. O ingresso dá direito a todas as atrações, sem filas e nem limite de tempo para brincar — observado o horário de atendimento.
A Vila Encantada é também o primeiro parque temático do Brasil a obter a certificação Ouro Green Travel Seals, da organização holandesa Green Destinations. O selo reconhece destinos e atrativos turísticos comprometidos com os objetivos do desenvolvimento sustentável.
Saiba mais sobre o parque em vilaencantada.com.br