O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi hospitalizado nesta sexta-feira (11) após sentir fortes dores abdominais durante compromissos políticos no interior do Rio Grande do Norte. De acordo com aliados, o mal-estar está relacionado a uma obstrução intestinal, atribuída como consequência da facada sofrida por Bolsonaro em 2018.
O episódio teve início na cidade de Santa Cruz, onde Bolsonaro participava de eventos. Após o agravamento das dores, ele foi atendido inicialmente em um hospital público da cidade e, em seguida, transferido de helicóptero para Natal. A aeronave foi disponibilizada pelo governo estadual, por determinação da governadora Fátima Bezerra (PT).
Na capital potiguar, o ex-presidente foi levado primeiro a um hospital público e, posteriormente, transferido por ambulância para o Hospital Rio Grande, da rede privada, onde permanece sob cuidados médicos.
Segundo boletim divulgado pela unidade, Bolsonaro apresentou distensão abdominal e dor, tendo sido prontamente atendido por equipes clínicas e cirúrgicas. Ele está com parâmetros vitais estáveis, recebendo hidratação venosa, antibióticos preventivos e realizando exames laboratoriais complementares. Também estão previstos exames de imagem com contraste.
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, informou nas redes sociais que o pai foi sedado para exames ainda no interior do Estado, mas permaneceu lúcido durante a transferência para Natal. “Mais uma vez, peço a todos orações e que torçam para que tudo dê certo. Logo mais, médicos passarão mais detalhes sobre o que está acontecendo”, escreveu.
O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, que acompanhava Bolsonaro, também associou o quadro atual à facada de 2018. Segundo ele, Bolsonaro o chamou às 5h da manhã relatando dores, e o médico particular do ex-presidente, Antônio Luiz Macedo, foi contatado.
A depender dos resultados da tomografia que será realizada nas próximas horas, existe a possibilidade de transferência de Bolsonaro para um hospital em São Paulo. A decisão será tomada em conjunto com familiares.
Bolsonaro estava no estado para compromissos políticos, incluindo a entrega de um título de cidadão natalense pela Câmara Municipal de Natal, cerimônia que foi adiada. A internação também afeta a agenda do projeto Rota 22, voltado ao fortalecimento da direita na região Nordeste.
