Desassoreamento do Rio do Testo: Pomerode combate riscos de enchentes e poluição.

Nesta segunda-feira (25), a equipe de jornalismo da Rádio Pomerode acompanhou o trabalho de desassoreamento e limpeza do Rio do Testo, no centro da cidade. O projeto é uma iniciativa coordenada pela Defesa Civil de Pomerode, e visa combater o acúmulo de sedimentos e lixo no leito do rio, proporcionando uma melhor capacidade de escoamento das águas e reduzindo significativamente os riscos de alagamentos e enchentes na região.

O projeto de limpeza e desassoreamento, está dividido em cinco lotes, ou trechos, estrategicamente selecionados ao longo do Rio do Testo, e está sendo realizado por uma empresa especializada em mineração e desassoreamento, devidamente licenciada pelos órgãos ambientais e pela Defesa Civil.

Na oportunidade, o repórter Jéferson Rodrigues, entrevistou o Coordenador da Defesa Civil, Tenente Lúcio de Bem, que é responsável pela supervisão das operações. Segundo ele, além da remoção dos sedimentos, a obra é essencial para limpeza do rio devido ao lixo acumulado e desta forma, proteger os moradores de Pomerode e região de possíveis enchentes.

"Após anos sem manutenção, o Rio do Testo acumulou uma quantidade considerável de areia e detritos, o que tornou essencial a realização deste desassoreamento. Estamos empenhados em proteger nossa comunidade dos impactos das chuvas sazonais", destaca o Coordenador.

A região de Pomerode, por onde o Rio do Testo passa, têm um histórico marcante de enchentes que já remonta a várias décadas. Essas enchentes são desencadeadas por intensas chuvas sazonais e por muitas vezes causaram danos significativos à infraestrutura local, além de representarem um sério risco para a segurança dos residentes, prejudicam a economia local, afetando negativamente o comércio e a produção agrícola da região.

Além da remoção dos sedimentos, a equipe também está dedicada à limpeza do leito do rio, retirando pneus, plástico, detritos e outros resíduos que possam comprometer o fluxo natural das águas.

(Lixo removido dia 25/03 do leito do Rio do Testo. Foto: João Petrazzini - Rádio Pomerode)

O trabalho, que teve início no começo do ano, já demonstra progressos significativos. No entanto, devido à extensão do rio e à constante reposição de sedimentos pela natureza, o projeto deve demandar um tempo considerável para sua conclusão.

"São bem demorados esses quilômetros todos, são 42 quilômetros, vai muito tempo, é um trabalho que quase não tem fim”; “Nós temos muitas estradas de saibro ainda, e essa areia, acabar vindo para nos ribeirões do interior, que acabam vindo para o Rio principal (Rio do Testo) ", ressaltou Lúcio de Bem.

A população de Pomerode é encorajada a apoiar o projeto, evitando descartar resíduos no rio e facilitando o acesso da equipe de desassoreamento aos trechos designados. Com a união de esforços, espera-se que o Rio do Testo possa fluir mais livremente, garantindo a preservação, a segurança e a tranquilidade dos moradores da região.

O que é o desassoreamento

O desassoreamento é um processo utilizado para remover o acúmulo de sedimentos, principalmente areia, lodo, e detritos orgânicos ou inorgânicos, que se depositam no leito de rios, canais, lagos, ou qualquer corpo d'água ao longo do tempo. Esse acúmulo de sedimentos, conhecido como assoreamento, pode ser causado por diversos fatores, como a erosão do solo, o desmatamento, a urbanização desordenada, entre outros.

O desassoreamento é essencial para garantir o bom funcionamento dos corpos d'água, pois o acúmulo excessivo de sedimentos pode reduzir a capacidade de escoamento da água, aumentar o risco de enchentes e inundações, e prejudicar a fauna e flora aquática. Além disso, o assoreamento pode impactar negativamente atividades humanas, como a navegação, a captação de água para abastecimento público, e a prática de esportes aquáticos.

O processo de desassoreamento envolve a remoção dos sedimentos acumulados no leito do corpo d'água, utilizando equipamentos como dragas, escavadeiras hidráulicas, e caminhões basculantes. Os sedimentos removidos podem ser depositados em locais apropriados para disposição final, como áreas de deposição controlada ou locais de recuperação ambiental.

É importante ressaltar que o desassoreamento deve ser realizado de forma planejada e sustentável, levando em consideração os impactos ambientais e sociais associados ao processo. Além disso, é fundamental adotar medidas de prevenção para reduzir o assoreamento, como a implantação de práticas de conservação do solo, o controle do desmatamento, e o ordenamento urbano adequado.

Por Jeferson Rodrigues - João Petrazzini - Rádio Pomerode

Para ouvir a entrevista completa com Lúcio de Bem, Coordenador da Defesa Civil de Pomerode, de o Play: